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Gato dos Ingratos

Escrito por Bruno Peres | Postado como , | às 15:52

Esse final de semana falei muito sobre o carater das pessoas... e sem querer esse era o próximo post... um texto escrito há muitos anos (com muitos erros de portguês, provavelmente - pois como disse eu os estou colcoando na íntegra, como foram criados na primeira vez que os escrevi) e não é que mais uma vez ele ainda faz sentido...

Alguma semelhança com algum conto que já leu por ai? Não? Então pesquisa....

"Minha vida tinha melhorado. Sim, eu estava melhor, só não queria reconhecer isso.
Meus pés estavam bem calçados em lindas botas de couro. Minhas roupas tinham custado uma fortuna e todas as moças me olhavam. Caminhava todo imponente pelas ruas como se fosse dono delas. Frequêntava os melhores bares, e gastava tudo o que eu havia conseguido.
"

Mas mesmo assim e não me convencia da felicidade eu não me convencia que tudo estava melhor e melhorando mais. O que de mais precioso tinha eu perdi. O que de mais belo sorria para mim, se calou. Minha inspiração havia ido embora, eu não conseguia pensar, comer ou mesmo aproveitar toda a fartura que me era dada.


Certo dia vesti minha melhor roupa e fui atá o melhor restaurante da cidade, comi do bom e do melhor. Comi e bebi tudo o que tinha direito,sentei-me a melhor mesa, e lá de cima podia ver os inferiores a mim olhando meu esbanjar de podridão.


Sim! Eu não era o que devia ser, eu não mereço tudo o que estão me dando. As pessoas só reconhecem meu bolso. Só reconhecem minha arrogância fatídica. O que vale um homem sem sua reputação?


Pro inferno todos os valores sociais. Pro maldito inferno todos os sonhos que todos querem alcançar.
Num momento de fúria e raiva minha inspiração voltou. Toda faceira e saltitante. Linda! Ela voltou com seus cabelo esvoaçantes e gotejando ódio.


A primeira coisa que vi depois disso foi a colher da maldita sopa de legumes que aqueles puxa-sacos tinham me trazido. Era capaz de eu matar um deles e ainda ser aplaudido. Como o ser humano é uma praga, como são todos frutos de suas próprias ambições.


Levantei-me. Meus passos eram fortes e algumas pessoas olhavam para mim. Atravessei o ambeinte e entrei na cozinha. Muito trabalho. Pessoas tentando ganhar a vida. Mas minha ispiração tinha voltado e algo precisava ser feito.Já do lado de fora a única arma que me restou ainda era a colher. Pois que os famintos comam e jamais notem o que fizeram...
Seus pelos eram macios, seu miado era fabuloso. Suas manchas claras davam um ar angelical ao lindo gatinho que estava em minhas mãos. Seus olhos não eram como os que Edgar tinha me descrito, mas me inspiravam a mesma fúria.A colher. A fúria. A sopa.


Arranquei os olhos do gato com minhas próprias mãos e coloquei-os na colher. O sangue ainda pingava e o pobrezinho ainda dava seus últimos miados. De volta a mesa de meu jantar coloquei os dois olhos dentro de minha sopa e ordenei que chamassem o gerente. Ele viu e ainda assim não acreditava, perguntei se duvidavas de minha palavra e sua resposta não me convenceu. Subitamente bati com seu rosto dentro do meu prato de sopa. Quase o afoguei. O chamei de chaninho e pedi para que miasse pois seus olhos eu arrancaria. Eu não, seus garçons o fariam.


As pessoas se lavantaram, algumas correram mas a maioria não acreditava que um homem rico como eu fosse capaz de tal ato.
Aos ingratos ofereci os olhos do tal gerente e tudo se calou. Ao fundo apenas um miado fraco era ouvido. E a senhorita mais famosa da cidade gritou que aquele era o miado de seu gatinho de estimação, o qual não havia valo no mundo que pagasse.
O gatinho entrou pela porta que vinha da cozinha e todos aprenderam a não confiar nas aparências."

Se alguém teve saco pra pesquisar, na verdade é apenas baseado e bem pouco. Mas as vezes isso ajuda a soltar mais as idéias.

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Sobre o Autor:
Bruno Peres Bruno Peres (brunoperes03@yahoo.com.br) Formação em Comunicação Digital com Especialização em Web Presence pela Universidade de Toronto é um RPGista por natureza e solteiro por incompetência, tenta ser escritor nas horas vagas e adora contar causos de sua vida entre amigos. É editor e escreve para o site da A4A e mantém o Twitter @bperes


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Comments (1)

imagine se mandassemos todos nossos sonhos pro inferno?!?!

=/

vc é o escritor mais lindoooo!!!

=)

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