Angelus Noctem - Parte I
Escrito por Bruno Peres | Postado como Contos | às 15:06
Solutus a vinculo (A libertação)
A cada tentativa de mudança meu corpo se afundava naquele altar de granito e meus movimentos eram tão dolorosos quanto pensar em seus beijos sobre meus lábios. Lembrar de suas carícias sobre minha pele doía tão profundo que meu sangue se sentia envenenado a cada toque de suas unhas em meu corpo.
Eu era um escravo eunuco. Eu era um monte ossos oferecidos em um ritual macabro e mal resolvido. Ritos incabandos, contos inesgotáveis, gotas intermináveis e cantos insolúveis. O que seria capaz de me tirar dali? O que ma faria ao menos tentar me levantar?
Quando você cai em um buraco e grita por socorro o que costuma ouvir? A mim, as únicas preces não estendiam cordas, apenas desejos de um futuro melhor e palavras que jamais me tirariam de qualquer lugar. Eu precisava de uma mão amiga, de um abraço.
Eu precisava de lágrimas e sangue sobre meu corpo nu e fraco. Estava farto de sonhos, farto de vontades, eu queria amor!
A raiva entrou em minha alma, o ódio tomo conta de meu ser e uma força vinda das trevas me levantou daquele maldito altar de granito. Eu estava vivo novamente e mais uma vez aquela pele desgraçada havia saído de mim. Eu estava livre e novamente poderia voar.
Abri minhas asas e me joguei no abismo, eu estava caindo e mais um buraco me aguardava. A meta era não chegar ao fundo e sim tirar alguém de lá. Pronto para mais essa jornada? Não sei, mas sem ao menos tentar eu não desistirei.
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Ao som de: Within Temptation - Angels
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Sobre o Autor:
“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! como foste lançado por terra tu que prostravas as nações!”Me sentia como se estivesse trocando de pele. Ela estava incrustada em mim, não a pele, mas aquela que outrora dominara meu coração, aquela que sugou todas minhas forças e me colocou deitado sobre este leito de morte e putrefação.
-Isaías 14:12
A cada tentativa de mudança meu corpo se afundava naquele altar de granito e meus movimentos eram tão dolorosos quanto pensar em seus beijos sobre meus lábios. Lembrar de suas carícias sobre minha pele doía tão profundo que meu sangue se sentia envenenado a cada toque de suas unhas em meu corpo.
Eu era um escravo eunuco. Eu era um monte ossos oferecidos em um ritual macabro e mal resolvido. Ritos incabandos, contos inesgotáveis, gotas intermináveis e cantos insolúveis. O que seria capaz de me tirar dali? O que ma faria ao menos tentar me levantar?
Quando você cai em um buraco e grita por socorro o que costuma ouvir? A mim, as únicas preces não estendiam cordas, apenas desejos de um futuro melhor e palavras que jamais me tirariam de qualquer lugar. Eu precisava de uma mão amiga, de um abraço.
Eu precisava de lágrimas e sangue sobre meu corpo nu e fraco. Estava farto de sonhos, farto de vontades, eu queria amor!
A raiva entrou em minha alma, o ódio tomo conta de meu ser e uma força vinda das trevas me levantou daquele maldito altar de granito. Eu estava vivo novamente e mais uma vez aquela pele desgraçada havia saído de mim. Eu estava livre e novamente poderia voar.
Abri minhas asas e me joguei no abismo, eu estava caindo e mais um buraco me aguardava. A meta era não chegar ao fundo e sim tirar alguém de lá. Pronto para mais essa jornada? Não sei, mas sem ao menos tentar eu não desistirei.
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Bruno Peres (brunoperes03@yahoo.com.br) Formação em Comunicação Digital com Especialização em Web Presence pela Universidade de Toronto é um RPGista por natureza e solteiro por incompetência, tenta ser escritor nas horas vagas e adora contar causos de sua vida entre amigos. É editor e escreve para o site da A4A e mantém o Twitter @bperes |
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